Foto : X
O Twitter não tem mais esse nome e nem o passarinho azul como marca. Agora, ainda que a URL continue Twitter.com e as arrobas oficiais mantenham o velho nome, a rede social se chama X — letra que também substitui o pássaro como logo. Porém, Elon Musk e Linda Yaccarino terão a difícil tarefa de fazer com que o público passe a chamar um produto de 17 anos de idade pela sua nova identidade.
A mudança de nome, vamos ser sinceros, não surpreende tanto — nem os planos anunciado de transformar o Twitter, digo, o X, na “rede social de tudo”, com pagamentos. Pouco depois de comprar a rede social, Elon Musk mudou o nome da empresa matriz para X Corp. Assim como era para Eike Batista, a letra X tem um valor sentimental para o bilionário, que comprou a URL X.com (que agora direciona para o Twitter) do PayPal, empresa na qual ele iniciou no mundo dos negócios.
Por falar no PayPal, que é sistema de pagamento, a Linda Yaccarino, CEO do Twitter (que agora é X), informou que a rede social é o “futuro da interatividade ilimitada”, na qual o X será focado em áudio, vídeo, mensagem e pagamentos. Yaccarino não comentou sobre o Artigos ou Notas, ferramenta para textos longos da plataforma, e a ideia de criar um recurso de “LinkedIn”.
X seguirá planos de ser app de tudo
A proposta de um “app de tudo” lembra os planos de Mark Zuckerberg, dono de outra empresa que mudou de nome (que vale comparar a falha que foi a escolha de Meta). O problema é que, nos dias de hoje, o público não parece querer um único lugar para tudo.
Por exemplo, quando o Threads (F) foi lançado, um dos pontos mais comentados era que ele não tomaria o público do Twitter, já que a maioria não quer compartilhar com parentes o seu “diário sem limites”. Esse ponto, aliado principalmente com a ausência de função de feed de “Seguindo”, teve influência na queda de 70% de usuários ativos do Threads.
O acerto do Threads foi ser um app separado do Instagram. Com o futuro “X Pay”, LinkedIn do X e foco em vídeo, a rede social anteriormente conhecida como Twitter terá a missão de separar bem os seus diferentes conteúdos (se é que eles chegarão um dia, visto o histórico de promessas não cumpridas de Musk), já que não necessariamente alguém abrirá o app para ver vídeos ou participar de um sessão de áudios — geralmente para estes casos a escolha é YouTube e Discord.
Mas, na verdade, difícil mesmo para a CEO e o dono será convencer os usuários que a rede social não se chama mais Twitter. Quando Zuckerberg mudou o nome do Facebook Inc. para Meta, os seus produtos não foram rebatizados (até porque o WhatsApp no Brasil é Zap). A escolha por “Meta”, focada no conceito de metaverso foi um erro, visto que depois a empresa diminuiu os investimentos nessa área.
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