Foto : IBM
O governo japonês celebra um feito que pode deixar muita gente perplexa. O ministro de Assuntos Digitais do Japão, Taro Kono, anunciou uma nova uma era no país: o fim do uso dos disquetes no serviço público.
“Vencemos a guerra dos disquetes em 28 de junho!”
Neste tom, Kono, que foi nomeado para o cargo em 2022, colocou como a principal prioridade em sua pasta tirar o Japão da era analógica.
Um país conhecido mundo afora pela sua capacidade de produzir produtos de alta tecnologia ainda tem em seus escritórios governamentais tecnologias mais arcaicas para o trabalho, como o uso de registros em papel, máquinas de fax, máquinas de escrever e de carimbos pessoais de tinta "hanko" para assinatura.
Kono percebeu, durante o auge da pandemia da Covid-19 no país, a lentidão na burocracia devido aos processos arcaicos, e criou uma agência responsável por realizar a transformação digital dos serviços estatais.
O ministro liderou uma campanha para substituir os disquetes e realizar a digitalização dos órgãos governamentais.
Em janeiro deste ano, o governo japonês pediu à população que pare de enviar seus dados em mídias como CDs e disquetes às repartições públicas. O processo de digitalização foi concluído em junho de 2024.
O país tem fortes questões de costumes, o que faz com que estes dispositivos sejam utilizados com bastante normalidade.
O disquete foi lançado em 1971 pela IBM
Os primeiros disquetes, ou floppy disks, foram lançados em 1971 pela empresa norte-americana de tecnologia IBM. Doze anos depois, a japonesa Sony, em 1983, aprimorou a mídia e lançou a versão de 3,5 polegadas.
Os disquetes tiveram seu auge de popularidade entre os anos 1980 e o início da década de 2000.
Para se ter uma ideia, um disquete armazenava em média apenas 1,44 MB, o que nos dias atuais mal dá para armazenar uma foto de smartphone em alta qualidade HD, muito menos um vídeo com resolução baixa.
A Sony parou de fabricar esta mídia no Japão em 2011.
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