Foto : O Fuxico
A vigésima segunda temporada do reality de maior repercussão do país chegou ao fim nesta terça-feira, dia 26. A estreia foi em 17 de janeiro e marcou a chegada de Tadeu Schmidt na apresentação, após cinco anos com Tiago Leifert no comando. O novo apresentador foi um dos poucos êxitos da edição. Porque o conjunto sai do ar com uma sensação inevitável de frustração e decepção.
É importante ressaltar que a temporada passou longe do fracasso. Enquanto "Um Lugar ao Sol", novela de Lícia Manzo, estava no ar, o programa sempre conseguia a maior audiência do dia. E foi assim até a estreia de "Pantanal", que passou a ocupar o posto de maior média diária. Também deu o retorno financeiro que a Globo queria, vide as várias cotas de patrocínio exibidas ao longo dos meses.
Porém, no quesito entretenimento, o "BBB 22" foi um completo equívoco. Entrou para a lista das piores temporadas. Tanto que em nível de repercussão, a edição ficou muito aquém das duas temporadas anteriores de imenso sucesso. Aliás, houve um incontestável crescimento de interesse pelo reality depois que Boninho resolveu criar o time "camarote" no "BBB 20", composto por pessoas conhecidas em nichos ou até na televisão.
Os famosos selecionados no "BBB 21" foram ainda mais marcantes. Mas em 2022 tudo deu errado, até a escolha dos conhecidos de parte do público. Foi um dos piores elencos já escalados em anos.
O time 'Pipoca' teve erros e acertos, como toda edição. Mas algumas figuras se destacaram como Rodrigo, Bárbara, Laís, Natália, Jessi e Lucas. Independente de gostos pessoais. Rodrigo logo partiu para o jogo e mexeu com os ânimos da casa, mas foi eliminado por sua língua. Várias declarações problemáticas foram proferidas pelo participante que acabou não resistindo ao seu primeiro paredão na segunda semana de programa. Bárbara e Laís faziam boas articulações e até formaram um grande grupo. O quarto "Lollipop" virou uma força na casa, a chamada rede de proteção. Conseguiam mandar pro paredão qualquer um. Mas deram um tiro no pé quando miraram apenas nos mesmos alvos: Nat, Jessi e DG.
Enquanto os integrantes do "Lollipop" afundavam, Lucas tentava boas estratégias com Natalia, Jessi e Lina, mas nunca conseguia ser ouvido. Acabou se unindo a Arthur Aguiar para sobreviver no jogo. A aliança não durou muito porque o Barão da Piscadinha cogitou votar em Tiago Abravanel e Arthur considerou seu ato uma traição por sempre ter tido o neto de Silvio Santos como aliado. No final das contas, Lucas teve apenas Eslovênia, com quem firmou um relacionamento, como aliada. Mas nem todas as movimentações mencionadas deixavam o programa convidativo. Aliás, jogadas de verdade eram raras. Quase todos se comportavam como 'anjinhos que estavam ali apenas para espalhar amor'. Como esquecer a vergonha alheia das primeiras eliminações sendo embaladas pela música "Deixa Tudo como Está", cantada por Thiaguinho?
Tiago Abravanel foi o primeiro que tentou implantar o "BBB do amor". Isso porque ano passado vários famosos foram 'cancelados' com rejeições históricas por conta da conduta no jogo. O neto de Silvio Santos não queria se comprometer com nada, se negava a falar de jogo e até sugeriu boicotar o 'jogo da discórdia'. O pior de tudo é que quando viu que seria votado pela casa por pelo menos oito pessoas simplesmente fez suas malas e apertou o botão da desistência, uma das novidades da temporada, mas que só ficava disponível para utilização quando a produção queria.
Além de Tiago, Douglas Silva e Pedro Scooby eram outros que se recusaram a jogar por muito tempo. Dava agonia assistir. A impressão é que queriam férias remuneradas. Brunna Gonçalves, esposa de Ludmilla, mal apareceu. Linn da Quebrada também não aceitava falar sobre combinação de votos e evitava qualquer tipo de jogada que exigisse o mínimo de estratégia. Naiara Azevedo até tentou fazer o grupo das comadres uma força. Mas acabou eliminada cedo demais. Ao menos deixou uma chuva de hilários memes. Já Maria, Jade Picon, Arthur Aguiar e PA não se incomodavam em falar de jogo. Tanto que os quatro acabaram se destacando mais. Ainda assim, tiveram desempenhos abaixo da média. Maria se entregava nas festas e protagonizou ótimos momentos. Mergulhou no programa sem ligar para sua imagem. Beijou, transou, brigou, viveu. Foi uma delícia acompanhá-la. No entanto, acabou expulsa quando bateu com um balde na cabeça de Natália durante o 'jogo da discórdia'. Sua maior inimiga foi ela mesma.
Jade era esperta, mas se deixou levar pela burrice ao fixar Arthur como único alvo. Que erro amador ter indicado o rival três vezes para o paredão, sendo que na terceira ela estava na berlinda pelo Big Fone. O transformou em coitadinho, tudo o que ele tanto queria. O ator, por sinal, esbanjou inteligência. Tinha ótimas análises sobre a disputa, incluindo uma boa percepção do que o telespectador queria. Foi corajoso ao querer jogar de forma clara, sem meias palavras. Mas se acomodou na interpretação da vítima. Como viu que estava funcionando, seguiu com sua cartilha do sofrido até o final. A narrativa da traição era a maior arma do jogador. Tanto que repetia várias vezes 'as facadas nas costas que levou': Lucas o traiu, PA o traiu, DG o traiu, Scooby o traiu, Jade o traiu. Sempre era o isolado, o traído, o triste. Mas muitas vezes ele mesmo afastava os demais com sua personalidade nada fácil. Mimado e ranzinza, Arthur nunca aceitava ser contrariado e logo ficava com a cara emburrada. Tinha uma personalidade bem parecida com a do irritante Fiuk, integrante do "BBB 21". Sua sorte foi ter sido adotado e defendido cegamente por uma torcida fiel e engajada que mandou em todos os paredões da edição.
A questão da torcida é outro fator que merece menção. A temporada foi péssima e uma grande parte do elenco tem sua parcela de culpa. Mas o público também tem. Eliminar em sequência todas as pessoas que se opuseram a Arthur terminou de afundar uma edição que já estava no fundo do poço. A saída do grupo "Lollipop" era algo até compreensível porque todos combinavam votos e fingiam não combinar. E as estratégias eram péssimas. Como já mencionado, terem sempre os mesmos alvos foi uma estupidez. Mas não teve lógica a permanência de Eliezer até a última semana de programa. O último lollipop era o mais desinteressante. Sempre se colocou na sombra de alguém para seguir na disputa. Primeiro era com Vinícius, depois formando casal com Natália e por fim bajulando Arthur. Laís não merecia ir longe, mas ser eliminada em um paredão contra Eli foi um equívoco. Os embates entre a médica e Arthur ao menos rendiam alguma coisa. Mas o pior foi Eliezer permanecendo em paredões contra Lina, Natália, Jessi, Gustavo e Scooby só porque virou amiguinho do favorito. Vale até um adendo: na reta final, o surfista deixou as férias de lado e realmente passou a jogar.
A questão da torcida é outro fator que merece menção. A temporada foi péssima e uma grande parte do elenco tem sua parcela de culpa. Mas o público também tem. Eliminar em sequência todas as pessoas que se opuseram a Arthur terminou de afundar uma edição que já estava no fundo do poço. A saída do grupo "Lollipop" era algo até compreensível porque todos combinavam votos e fingiam não combinar. E as estratégias eram péssimas. Como já mencionado, terem sempre os mesmos alvos foi uma estupidez. Mas não teve lógica a permanência de Eliezer até a última semana de programa. O último lollipop era o mais desinteressante. Sempre se colocou na sombra de alguém para seguir na disputa. Primeiro era com Vinícius, depois formando casal com Natália e por fim bajulando Arthur. Laís não merecia ir longe, mas ser eliminada em um paredão contra Eli foi um equívoco. Os embates entre a médica e Arthur ao menos rendiam alguma coisa. Mas o pior foi Eliezer permanecendo em paredões contra Lina, Natália, Jessi, Gustavo e Scooby só porque virou amiguinho do favorito. Vale até um adendo: na reta final, o surfista deixou as férias de lado e realmente passou a jogar.
A questão da torcida é outro fator que merece menção. A temporada foi péssima e uma grande parte do elenco tem sua parcela de culpa. Mas o público também tem. Eliminar em sequência todas as pessoas que se opuseram a Arthur terminou de afundar uma edição que já estava no fundo do poço. A saída do grupo "Lollipop" era algo até compreensível porque todos combinavam votos e fingiam não combinar. E as estratégias eram péssimas. Como já mencionado, terem sempre os mesmos alvos foi uma estupidez. Mas não teve lógica a permanência de Eliezer até a última semana de programa. O último lollipop era o mais desinteressante. Sempre se colocou na sombra de alguém para seguir na disputa. Primeiro era com Vinícius, depois formando casal com Natália e por fim bajulando Arthur. Laís não merecia ir longe, mas ser eliminada em um paredão contra Eli foi um equívoco. Os embates entre a médica e Arthur ao menos rendiam alguma coisa. Mas o pior foi Eliezer permanecendo em paredões contra Lina, Natália, Jessi, Gustavo e Scooby só porque virou amiguinho do favorito. Vale até um adendo: na reta final, o surfista deixou as férias de lado e realmente passou a jogar.
A questão da torcida é outro fator que merece menção. A temporada foi péssima e uma grande parte do elenco tem sua parcela de culpa. Mas o público também tem. Eliminar em sequência todas as pessoas que se opuseram a Arthur terminou de afundar uma edição que já estava no fundo do poço. A saída do grupo "Lollipop" era algo até compreensível porque todos combinavam votos e fingiam não combinar. E as estratégias eram péssimas. Como já mencionado, terem sempre os mesmos alvos foi uma estupidez. Mas não teve lógica a permanência de Eliezer até a última semana de programa. O último lollipop era o mais desinteressante. Sempre se colocou na sombra de alguém para seguir na disputa. Primeiro era com Vinícius, depois formando casal com Natália e por fim bajulando Arthur. Laís não merecia ir longe, mas ser eliminada em um paredão contra Eli foi um equívoco. Os embates entre a médica e Arthur ao menos rendiam alguma coisa. Mas o pior foi Eliezer permanecendo em paredões contra Lina, Natália, Jessi, Gustavo e Scooby só porque virou amiguinho do favorito. Vale até um adendo: na reta final, o surfista deixou as férias de lado e realmente passou a jogar.
O "BBB 22" sai de cena com um saldo negativo. O já elogiado Tadeu Schmidt é um dos poucos que pode se orgulhar da temporada do reality porque sua apresentação foi brilhante e seus discursos irretocáveis. Sabia cobrar e ser carinhoso na medida certa. Outros pontos positivos foram Dani Calabresa substituindo Rafael Portugal e o Big Terapia, novo quadro de Paulo Vieira, que divertiu do início ao fim. Já o restante fica difícil defender. O clima do encerramento da edição é de 'já foi tarde'. Após duas temporadas primorosas em sequência, a vigésima segunda edição fez lembrar os traumáticos "BBB 17 e 19", que até hoje lideram a lista de catastróficas temporadas. Não deixará saudade.
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