Foto : TV Globo
Criado pela extinta MTV Brasil, Marcelo Adnet vem fazendo cada vez menos graça na TV aberta. Após o sucesso na Central da Copa, durante a Copa do Mundo no Catar, o comediante se dedica ao cinema e não tem planos de voltar para a telinha. Tudo porque, segundo ele, o formato dos programas de comédia está ultrapassado e não tem mais fôlego.
Criado pela extinta MTV Brasil, Marcelo Adnet vem fazendo cada vez menos graça na TV aberta. Após o sucesso na Central da Copa, durante a Copa do Mundo no Catar, o comediante se dedica ao cinema e não tem planos de voltar para a telinha. Tudo porque, segundo ele, o formato dos programas de comédia está ultrapassado e não tem mais fôlego.
Em entrevista a Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o ator afirmou que o gênero está passando por uma adaptação midiática. Para ele, o humor migrou para a internet, mas de forma menos profissional.
“Lá ele é muito guiado por algoritmos e fazendo muito conteúdo, lá ele tem um público infantil muito maior. E o humor fica infantil. O humor do TikTok, do Kwai, por exemplo. É uma coisa surreal e, porque não dizer , de baixa qualidade? É até esperado, porque não tem estrutura profissional. São pessoas com telefone. E cada internauta tem seu comediante preferido em algum perfil, algum arroba.”
A Adnet, que fez bastante sucesso com Tá no Ar (2014-2019), também revela que os altos custos de produção da TV impedem novos investimentos na área. “Normalmente essa produção (dos shows de humor) é feita com a lógica da dramaturgia: os cenários, a iluminação, as câmeras, os profissionais… Aí o que acontece? O humor fica muito caro.”
“Existe um grande abismo entre o cara que está em casa, interpretando uma personagem feminina de camisa na cabeça, o que acontece muito, e uma produção de estúdio com profissionais”, avalia.
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