Foto : Activision Blizzard
A aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft é um dos maiores negócios da história da indústria dos games, envolvendo cerca de US$ 69 bilhões e trazendo para o ecossistema Xbox franquias como Call of Duty, Overwatch, Diablo, Warcraft e Candy Crush.
No entanto, o processo ainda precisa ser aprovado por órgãos reguladores de vários países, para garantir que não haja risco de monopólio ou irregularidades legais. De acordo com Brad Smith (presidente da Microsoft), o acordo ABK precisa da aprovação de pelo menos 17 jurisdições.
Veja a seguir uma linha do tempo com os principais eventos relacionados à compra:
A Microsoft anuncia a compra da Activision Blizzard, surpreendendo o mercado e os fãs de games. A previsão é que o negócio seja concluído no ano fiscal de 2023. A Microsoft promete manter os jogos da Activision Blizzard disponíveis em outras plataformas e trazer mais títulos para o seu serviço de assinatura Game Pass.
A Arábia Saudita se torna o primeiro país a aprovar a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, sem restrições. A General Authority for Competition, órgão regulatório local, afirma que não tem objeções à fusão entre as empresas e que não vê risco à concorrência no mercado de games.
O Brasil aprova a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, sem restrições. O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), autarquia responsável pela livre concorrência no mercado, entende que a operação não geraria risco de monopólio ou irregularidades legais. O CADE considera que a possível exclusividade dos jogos da Activision Blizzard para o ecossistema da Microsoft não prejudicaria a concorrência no mercado de games, pois os consumidores poderiam migrar para outras plataformas ou jogos.
A Sérvia aprova a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, sem restrições. A Comissão de Proteção da Concorrência, órgão regulatório local, concede uma "aprovação incondicional" para que a fusão entre as empresas seja concluída. A Sérvia considera que a aquisição não afetaria negativamente o mercado de games, pois a Microsoft e a Activision Blizzard não eram concorrentes diretos e havia outros players relevantes no setor.
O Chile aprova a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, sem restrições. A FNE (Fiscalía Nacional Económica), órgão regulatório local, afirma que a fusão entre as empresas não é um risco à competitividade do mercado de games. A FNE considera que a Microsoft não teria incentivos para restringir o acesso dos jogos da Activision Blizzard às plataformas concorrentes, pois isso reduziria suas receitas e sua base de usuários.
A JFTC (Japan Fair Trade Commission) conclui a revisão da transação e aprova a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, sem restrições. A JFTC considera que é improvável que a aquisição resulte em uma restrição substancial da concorrência em uma área específica de comércio e que se enquadra nos critérios de porto seguro para integrações verticais de negócios.
No dia 24 de março de 2023, a CMA publica suas conclusões provisórias sobre a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, reduzindo suas preocupações sobre o impacto da compra no mercado de jogos de console no Reino Unido, após a Microsoft se comprometer a licenciar os jogos da Activision Blizzard para as plataformas concorrentes. No entanto, a CMA ainda está investigando o impacto da compra no mercado de jogos em nuvem, que é um segmento em crescimento e que depende de acordos entre provedores de infraestrutura, desenvolvedores e distribuidores de jogos. Até o final de abril de 2023 (26 de abril de 2023), a CMA deve publicar seu relatório final sobre a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, decidindo se aprova, rejeita ou impõe condições ao negócio.
A Comissão Europeia deve publicar seu relatório final sobre a compra da Activision Blizzard pela Microsoft no dia 22 de maio de 2023, decidindo se aprova, rejeita ou impõe condições ao negócio.
No dia 8 de dezembro de 2022, a FTC abre um processo contra a Microsoft para bloquear a compra da Activision Blizzard pela empresa. A FTC alega que a compra daria à Microsoft uma vantagem não apenas no mercado de consoles, mas também em outras áreas, como jogos por assinatura e jogos na nuvem. A FTC diz que a Microsoft já mostrou que pode e irá reter o conteúdo de seus rivais de jogos, como fez com alguns títulos da Bethesda após adquirir a ZeniMax.
A FTC deve realizar uma audiência formal perante um juiz administrativo da FTC no dia 2 de agosto de 2023 para avaliar as alegações contra a compra da Activision Blizzard pela Microsoft. A Microsoft se defende dizendo que a compra da Activision Blizzard seria boa para os gamers e que se comprometeu a licenciar os jogos da Activision Blizzard para as concorrentes, como a Nintendo e a Nvidia. Decisão do Juiz Administrativo da FTC apenas em 2024.
- 28 de abril de 2023: decisão da Nova Zelândia.
- Abril - Maio de 2023: decisão do SAMR na China.
- Abril - Maio de 2023: decisão da Coréia do Sul.
- Abril - Maio de 2023: decisão da Africa do Sul.
- Abril - Maio de 2023: decisão da Turquia.
- Austrália Suspenso : Já na Fase 2, o processo está suspenso desde 8 de setembro de 2022. Recebemos uma atualização em 2 de fevereiro de 2023 dizendo que o ACCC está se envolvendo com reguladores estrangeiros, mas que o cronograma permanece suspenso.
- Índia: Ainda não se manifestou.
- Israel: Ainda não se manifestou
Via :Além do Japão, conheça os outros 4 países que já aprovaram a aquisição da Activision (gamevicio.com)
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