Foto : Daily Mail
O presidente dos EUA Joe Biden assinou a lei que proíbe o funcionamento do TikTok no país caso a operação da rede social não seja vendida nos próximos 9 meses. O documento, que já havia sido aprovado pela Câmara no último final de semana, passou pelo Senado na noite de terça, 23, e foi sancionado por Biden nesta quarta-feira, 24. O projeto do TikTok faz parte, ainda, de um pacote de financiamento para enviar ajuda econômica a Israel, Ucrânia e Taiwan.
Com a lei, o TikTok, que pertence a empresa chinesa ByteDance, terá o período de 270 dias (cerca de 9 meses) para vender as operações da plataforma nos EUA ou será banida do país — o período pode ser estendido para até 1 ano. Caso a venda não seja concluída, lojas de aplicativo, como a App Store, da Apple, e o Google Play não poderão mais oferecer a plataforma para os usuários e ela ficará indisponível no país.
A principal alegação do governo americano é a preocupação com a segurança nacional, já que as autoridades acreditam que o TikTok pode ter acesso aos dados sensíveis dos usuários americanos na China — e que essas informações podem ser compartilhadas com o governo chinês.
A decisão tomada pelos republicanos da Câmara na semana passada de anexar o projeto de lei do TikTok ao pacote de ajuda a aliados dos EUA ajudou a acelerar sua aprovação. A versão anterior do PL dava à ByteDance, seis meses para vender suas participações na plataforma. Mas ela atraiu o ceticismo de alguns legisladores importantes, preocupados com o fato de ser um prazo muito curto para um negócio complexo que poderia valer dezenas de bilhões de dólares.
O projeto de lei também impede a empresa de controlar o ingrediente secreto do TikTok: o algoritmo que alimenta os vídeos dos usuários com base em seus interesses e que transformou a plataforma em um fenômeno de definição de tendências.
O CEO da plataforma, Shou Chew, respondeu o governo americano em uma publicação no TikTok, afirmando que o app não vai sair do país.
"Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum", afirmou Chew em vídeo publicado na conta oficial do TikTok. "Estamos confiantes e continuaremos lutando por seus direitos nos tribunais. Os fatos e a Constituição estão do nosso lado, e esperamos prevalecer".
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